Outubro Rosa: Qual é o papel da alimentação na prevenção do câncer de mama?

Rui Gonçalves • 18 de outubro de 2021

Você já ouviu falar muitas vezes da importância da alimentação adequada e saudável para a manutenção da saúde e até mesmo para a prevenção de doenças como obesidade, hipertensão e diabetes. Mas talvez ainda não tenha ouvido falar da relação que a sua comida tem com o surgimento do câncer de mama.


Muita gente se preocupa com o histórico familiar quando se fala dessa doença, e não está errado pensar assim. Afinal, o fator genético exerce um importante papel na formação de tumores. Acontece que, apesar disso, os fatores hereditários, familiares e étnicos estão relacionados a casos raros de câncer.


Para entender melhor a origem, é preciso deixar claro que a doença em si não possui uma única causa. É necessário observar os aspectos internos, como hormônios, condições imunológicas e mutações genéticas. Mas é preciso observar também os aspectos externos, que se referem àquilo que está presente no ambiente em que a pessoa está inserida.


Doença multifatorial

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), entre 80% e 90% dos casos de câncer estão associados a causas externas. O que significa dizer que as mudanças provocadas no meio ambiente pelo ser humano, os hábitos e os estilos de vida podem aumentar o risco de diferentes tipos da doença. E o câncer de mama também entra nessa conta!


O surgimento de tumores nos seios é algo que assombra e muito as mulheres em qualquer parte do mundo, afinal é o tipo mais incidente no gênero. Dados de 2018 mostram que ocorreram 18 milhões de novos casos de câncer no mundo todo, sendo o de mama o segundo mais recorrente, emplacando o expressivo número de 2.1 milhões. Para o Brasil, a estimativa é que para cada ano do triênio 2020-2022 ocorram 66.280 novos casos da doença. Isso representa um risco estimado de 61 casos a cada 100 mil mulheres. 


E diante de dados tão alarmantes, precisamos retomar o assunto lá do início sobre como os fatores externos impactam no surgimento dos tumores. No caso do câncer de mama, por exemplo, a influência genética corresponde a apenas 5 a 10%. Assim como o próprio INCA já sinalizou, os hábitos e estilo de vida são bem mais relevantes, sendo fatores que incluem a alimentação, peso corporal, atividade física, tabagismo, consumo de bebidas alcoólicas e a amamentação.


Começando pela cozinha!

Até aqui podemos perceber que o câncer de mama é uma doença passível de prevenção, e a alimentação tem uma expressiva participação nisso! Confira as dicas:


Alimentos in natura e minimamente processados:

Como o próprio Guia Alimentar para a População Brasileira orienta, uma alimentação adequada e saudável tem como base os alimentos in natura e os minimamente processados, aqueles que preservam características fundamentais do alimento natural, como o arroz e o feijão que comemos em casa. Eles são nossas principais fontes de energia e nutrientes que garantem o bom funcionamento do organismo.


O INCA ainda reforça que as frutas, legumes, verduras, cereais integrais, feijões e outras leguminosas, sementes e nozes protegem contra o câncer, fortalecendo as defesas do corpo e ajudando o intestino a funcionar bem. Além disso, o Instituto ressalta que esses alimentos têm o poder de inibir a chegada de substâncias cancerígenas às células e de consertar o DNA danificado quando a agressão já começou. Se a célula foi alterada e não for possível consertar o DNA, alguns compostos promovem a sua morte, interrompendo a multiplicação desordenada.


Outro aspecto importante da alimentação com a prevenção do câncer de mama tem a ver com a manutenção do peso. Afinal, o excesso de gordura corporal provoca alterações hormonais e um estado inflamatório crônico que estimulam a proliferação celular, a apoptose reduzida, a instabilidade genômica e, consequentemente, o surgimento da doença.


Portanto, uma alimentação variada e rica em alimentos in natura de origem vegetal tem grande potencial de te proteger contra o sobrepeso, obesidade e, claro, o câncer. Se for aliada a alguma prática de atividade física, os resultados tendem a ser ainda melhores!


Os riscos dos ultraprocessados:

Alimentos como salgadinhos, biscoitos de pacote, temperos prontos, refeições congeladas e tantos outros que conhecemos por aí já são antigos vilões da nossa saúde. Mas quando o assunto é câncer, eles influenciam mais ainda!


Segundo o INCA, essa é uma categoria de alimentos ricos em gorduras, sódio, amidos ou açúcares e, portanto, promovem o excesso de peso que aumenta a chance de desenvolver pelo menos 12 tipos de câncer. Para agravar ainda mais a situação, eles são altamente saborosos e viciantes, o que aumenta ainda mais as chances de consumo excessivo.


Para reforçar ainda mais a importância da adoção de hábitos para a prevenção do câncer, estudos mostraram que ao seguir um estilo de vida mais saudável, incluindo alimentação e prática de atividade física, diminuiu em 19% a incidência de câncer de mama em mulheres e reduziu 60% a mortalidade por essa doença. Sendo assim, podemos encarar essa mudança de vida como uma prevenção primária.

Fonte: Saúde Brasil


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O Conselho Regional de Nutricionistas da 6ª Região (CRN-6) divulgou a relação oficial dos trabalhos aprovados para apresentação no Se Amostra Pernambuco, evento que integra a programação do Nutrição Experience 2025. A iniciativa tem como objetivo valorizar experiências exitosas, pesquisas e práticas inovadoras desenvolvidas em diferentes contextos da alimentação e nutrição, fortalecendo o compartilhamento de saberes e a articulação en tre profissionais, estudantes e instituições. Ao todo, foram aprovados diversos trabalhos distribuídos em eixos temáticos como: Cooperação e Articulação para Segurança Alimentar e Nutricional; Controle e Regulação dos Alimentos; Gestão das Ações de Alimentação e Nutrição; Inovação e Conhecimento em Alimentação e Nutrição; Organização da Atenção Nutricional; Promoção da Alimentação Adequada e Saudável; Qualificação da Força de Trabalho; Vigilância Alimentar e Nutricional. As apresentações ocorrerão nas modalidades oral e banner, abrangendo experiências acadêmicas, técnicas e comunitárias. Entre os temas selecionados estão iniciativas como a implantação de protocolos municipais de fórmulas nutricionais, estratégias de educação alimentar e nutricional em diferentes territórios, inovações no preparo de alimentos regionais e experiências intersetoriais voltadas à promoção da saúde infantil. “O Se Amostra Pernambuco é um espaço importante para dar visibilidade às práticas profissionais e acadêmicas que estão transformando a realidade alimentar e nutricional no estado. É um momento de encontro, troca e valorização da nossa categoria”, destaca a nutricionista e coordenadora do evento, Vilma Ramos. A lista completa dos trabalhos aprovados está disponível ao final desta matéria.
23 de setembro de 2025
O Conselho Regional de Nutrição da 6ª Região (CRN-6), em parceria com o Governo do Estado de Pernambuco por meio da Coordenação de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável (CSANS), lançou o edital para seleção de relatos de experiências locais, no formato de resumos expandidos, destinados à apresentação no evento “Se Amostra, Pernambuco!”, que será realizado no dia 30 de outubro de 2025. O objetivo é valorizar, divulgar e incentivar a produção técnico-científica em Alimentação e Nutrição desenvolvida no Estado, reconhecendo experiências exitosas que contribuam para o fortalecimento das práticas e políticas públicas na área. Podem participar profissionais, estudantes, grupos e instituições que tenham desenvolvido atividades, projetos, pesquisas ou ações extensionistas no campo da Nutrição em Pernambuco. Cada autor poderá submeter até dois trabalhos, de forma individual ou em coautoria (limitados a seis autores por resumo). Informações importantes: Período de submissão: 22 de setembro a 6 de outubro de 2025; Divulgação dos trabalhos aprovados: 15 de outubro de 2025; Apresentação no evento: 30 de outubro de 2025; Formato de apresentação: pôster e, para os trabalhos de maior destaque, apresentação oral; Premiação: menção honrosa para dois trabalhos, sendo um com participação de nutricionista e outro sem. Os resumos expandidos deverão ter entre 4.000 e 6.000 caracteres, seguindo o modelo oficial disponível no site do CRN-6. A submissão será feita exclusivamente por meio da plataforma Sympla respeitando os prazos estabelecidos O presidente do CRN-6, Rafael Azeredo, destaca que o evento é uma oportunidade de dar visibilidade ao conhecimento produzido no estado: “O Se Amostra Pernambuco é um espaço de reconhecimento e partilha, que reforça a importância da Nutrição no enfrentamento dos desafios alimentares e na promoção da saúde da população.”
18 de setembro de 2025
O Conselho Regional de Nutrição da 6ª Região (CRN-6) e manifestou preocupação diante da aprovação de uma emenda substitutiva ao Projeto de Lei n° 425/2023, de autoria do Deputado Estadual Dr. Wanderley, que originalmente propunha a proibição da oferta e comercialização de alimentos ultraprocessados nas escolas públicas e privadas de Alagoas. Segundo o presidente do CRN-6, Rafael Azeredo, a redação original do PL significava um avanço na proteção da saúde de crianças e adolescentes, ao alinhar-se às recomendações do Guia Alimentar para a População Brasileira (Ministério da Saúde) e da Organização Mundial da Saúde (OMS). No entanto, a emenda substitutiva enfraquece o caráter protetivo da proposta ao transformar a proibição em mera recomendação de preferência por alimentos in natura e minimamente processados. Nota Oficial do Conselho Regional de Nutrição - 6ª Região (CRN-6) e do Consea Maceió (AL) O Conselho Regional de Nutrição - 6ª Região (CRN-6) e o Consea Maceió manifestam apoio integral ao Projeto de Lei n° 425/2023, em sua redação original, de autoria do Deputado Estadual Dr. Wanderley, que dispõe sobre a proibição da oferta e comercialização de alimentos ultraprocessados nas unidades escolares das redes públicas e privadas do Estado de Alagoas. O texto original do PL representa um avanço efetivo na promoção da saúde das crianças e adolescentes, ao alinhar-se às recomendações do Guia Alimentar para a População Brasileira (Ministério da Saúde) e da Organização Mundial da Saúde (OMS), que alertam para o impacto nocivo do consumo precoce e frequente de alimentos ultraprocessados no aumento dos índices de obesidade, diabetes, hipertensão e outras doenças crônicas. Entretanto, o CRN-6 e o Consea Maceió (AL) não concordam com a Emenda Substitutiva posteriormente apresentada e aprovada nas comissões, pois esta enfraquece o caráter protetivo do projeto ao substituir a proibição clara por uma recomendação de preferência pelo consumo de alimentos in natura e minimamente processados. Tal modificação descaracteriza a proposta inicial, abre espaço para interpretações permissivas e mantém brechas para a manutenção da lógica de comercialização de ultraprocessados no ambiente escolar. Ressaltamos que o ambiente escolar deve ser um espaço protetivo, formador e promotor de hábitos alimentares saudáveis, livre da pressão mercadológica e da influência da indústria de ultraprocessados, que frequentemente utiliza estratégias de marketing direcionadas ao público infantil. O CRN-6 e o Consea Maceió (AL) reafirmam, portanto, seu posicionamento contrário à emenda substitutiva e defende a aprovação e implementação da versão original do PL 425/2023, como medida concreta de saúde pública e de proteção integral à infância e adolescência em Alagoas. Conselho Regional de Nutrição - 6ª Região Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) de Maceió (AL) O CRN-6 e o Consea Maceió (AL) reafirmam, juntos, seu compromisso em defender políticas públicas efetivas de alimentação e nutrição, ressaltando que a proteção à infância exige medidas firmes, sem retrocessos que fragilizem conquistas em saúde coletiva.
18 de setembro de 2025
O Conselho Regional de Nutrição da 6ª Região (CRN-6) torna público o resultado da 1ª etapa do processo seletivo de estagiários, referente à fase de homologação das inscrições. Nesta etapa, foram analisados os documentos enviados pelos(as) candidatos(as). Os nomes homologados seguem aptos para participar das próximas fases da seleção. Resultado da homologação Vaga A1 – Administração Não houve inscritos. Vaga A2 – Design Gráfico, Comunicação Social ou Publicidade Hanna Mikaella Tavares de Lima Vaga A3 – Direito Ana Lilian Mendonça Ferreira Gabriela Hellen da Conceição Gomes Jéssica da Rocha Fidelis Vaga A4 – Tecnologia da Informação Daniel Cavalcanti Noronha Diego Felipe da Silva Avelino Leon Lourenço da Silva Santos Pedro Henrique Lima Barbosa Pedro Henrique Souza de Almeida Rosa Vaga A5 – Nutrição Alicia de Fátima Linhares Morais Antony de Amorim Teles Emanoel Messias da Silva Bezerra Giovanna Rocha Almeida Jonatan Rufino Rocha Lucas Silva dos Santos Lima Maria Cecília Felix Pereira Maria Eduarda Faustino de Araújo Maria Fernanda Avelino Lessa Karen Camylle de Oliveira Yone Gabriely da Silva Marques Prazo para recursos Os(as) candidatos(as) que não tiveram suas inscrições homologadas poderão entrar em contato com o CRN-6 até o dia 19/08, exclusivamente pelo e-mail: assessoriarh@crn6.org.br. O CRN-6 reforça o compromisso com a transparência e a valorização da formação profissional, oferecendo oportunidades de estágio que contribuem para o aprendizado e para a vivência prática das futuras(os) profissionais.