Consumo excessivo de ultraprocessados aumenta em até 58% o risco de depressão

Rui Gonçalves • 18 de março de 2025

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a depressão afeta quase 6% da população brasileira, o que corresponde a cerca de 12 milhões de pessoas. No mundo, são mais de 300 milhões de diagnósticos. O tratamento envolve terapia e medicação, mas o gerenciamento da doença também passa pela busca de um estilo de vida mais saudável, priorizando atividade física, alimentação e sono equilibrados. Diversos estudos associam estes fatores a uma melhora global e duradoura.


No caso da relação entre hábitos alimentares e depressão, porém, “muito do que se sabe vem de pesquisas conduzidas em países ricos”, conta Naomi Ferreira, pós-doutoranda da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), destacando a falta de dados que considerem a realidade dos países de baixa e média renda. Pensando em diminuir essa lacuna, ela liderou um estudo com brasileiros focado especialmente na relação entre o consumo de alimentos ultraprocessados e a incidência e persistência da condição psíquica. A pesquisa envolveu mais de 14 mil pessoas, com dados coletados ao longo de oito anos, e revelou que uma dieta com alto teor destes produtos tem um impacto substancial no risco de depressão persistente.


A pesquisa teve o apoio do Laboratório de Fisiopatologia no Envelhecimento (Gerolab), que investiga o envelhecimento e as doenças crônico-degenerativas associadas. Claudia Suemoto, professora de Geriatria da FMUSP e diretora do Biobanco do Gerolab, já verificou anteriormente a associação entre o consumo de ultraprocessados e o declínio cognitivo na terceira idade, e foi responsável por supervisionar o trabalho recente. “Os ultraprocessados têm sido estudados em relação a vários desfechos de saúde”, explica Naomi. O artigo também contou com a participação de profissionais do Instituto de Psiquiatria (IPq) e da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP.


“As pesquisadoras da FSP trabalharam com o Carlos Monteiro, cientista brasileiro que descreveu pela primeira vez a classificação de ultraprocessados”, continua Naomi. Essa classificação, utilizada amplamente em escala mundial, divide os alimentos em quatro grupos: in natura ou minimamente processados; ingredientes culinários processados; alimentos processados; e ultraprocessados (que contêm aditivos como corantes e emulsificantes). No contexto da pesquisa, os grupos 1 e 2 foram unidos, pois os ingredientes são comumente usados na preparação e tempero de alimentos naturais.


Ao longo do estudo, houve três períodos de avaliação (ondas): 2008 a 2010, 2012 a 2014 e 2017 a 2019. Dentre os 13.870 participantes anteriormente livres de depressão, o grupo que consumia alimentos não processados ou minimamente processados não apresentou depressão em nenhuma das ondas avaliadas.


Publicada no Journal of Academy of Nutrition and Dietetics, a investigação foi realizada a partir de dados do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (Elsa-Brasil), que acompanha a saúde de servidores públicos de seis capitais entre 35 e 74 anos. O Elsa acontece em diversos centros no País, e tem como objetivo avaliar o risco na população brasileira para doenças crônicas, em especial, as cardiovasculares e o diabetes. É considerado um levantamento fundamental para a adequação de políticas públicas de saúde às necessidades nacionais. Um dos enfoques do estudo é a dieta da população, associada às condição de vida, diferenças sociais, relação com o trabalho e gênero.


“O Elsa é um marco, porque é um estudo epidemiológico com um acompanhamento longo, e envolve uma população de quase 15 mil pessoas”, destaca Naomi. “Esses dados são muito importantes para entender um fenômeno que já é analisado em outros contextos socioculturais, mas que tem suas peculiaridades num País como o nosso, composto de desigualdades e adversidades do ponto de vista socioeconômico. ”


Perigo dos ultraprocessados
Informações consolidadas na ciência confirmam que uma alimentação primordialmente in natura auxilia a suprir as necessidades do corpo humano, reduzir a hipertensão e atrasar a neurodegeneração em pessoas de idade avançada. A chamada “dieta mediterrânea” fornece alto teor de antioxidantes e baixas quantidades de gorduras saturadas e açúcares adicionados: consequentemente, o estresse oxidativo é reduzido, e os níveis inflamatórios cerebrais diminuem. “A dieta mediterrânea é caracterizada por um consumo importante de frutas, legumes e verduras, e um consumo baixo de carne vermelha”, comenta Naomi Ferreira.


Em contrapartida, o consumo diário de ultraprocessados está relacionado ao aumento de processos inflamatórios, tanto do ponto de vista sistêmico quanto de neuroinflamação, propiciando perfis desregulados de neurotransmissores cerebrais. “A dieta ocidental que a população mundial tem aderido, muito baseada em fast foods e comidas prontas, tem um alto teor de calorias vazias — ou seja, você ingere a caloria, mas o corpo continua carecendo de nutrientes fundamentais”, aponta.


“A constituição do alimento ultraprocessado pode causar desequilíbrios na microbiota intestinal”, continua a pesquisadora. O eixo intestino-cérebro, que liga o sistema nervoso entérico ao central, participa da relação: vitaminas e minerais são cruciais para o bom funcionamento do sistema nervoso, e sua ausência aumenta o risco de diversas doenças, como demência e Alzheimer. “A intensa deposição das proteínas em um ambiente com mais marcadores inflamatórios predispõe o indivíduo a apresentar sintomas neurodegenerativos”, diz.


Métodos de investigação
Para quantificar a incidência da depressão nos pacientes, o principal método utilizado foi o Clinical Interview Schedule-Revised (CIS-R), uma entrevista validada para sintomas psiquiátricos. O CSI-R se baseia em cinco aspectos: fadiga, concentração ou esquecimento, distúrbios do sono, depressão e ideias depressivas.


Os dados coletados foram comparados com as respostas de um questionário de frequência alimentar, que avalia padrões alimentares no período de um ano com base em 114 itens. Por fim, foi realizada a análise de Cox, que informa o risco do indivíduo desenvolver a depressão ou não, de acordo com seus hábitos. “Aqueles que consumiam mais ultraprocessados no início do estudo apresentaram um risco 30% maior de desenvolver o primeiro episódio de depressão”, realça a Dra. Naomi.


O maior diferencial da pesquisa, entretanto, foi o enfoque dado à persistência da doença ao longo dos oito anos. A análise de Cluster, um software estatístico, classificou os participantes do estudo em três grupos: nenhum diagnóstico de depressão, diagnóstico em somente uma das avaliações, e diagnóstico em duas ou mais avaliações. Juntamente a essa estratégia, uma análise de regressão multinomial avaliou o consumo de ultraprocessados de 1 a 4 e associou ambos os resultados.


“O resultado da depressão persistente foi inesperado porque não se tinha muitos estudos sobre isso, sabíamos muito pouco a respeito”, afirma a cientista. Os indivíduos que registraram maior consumo de ultraprocessados no início do estudo tiveram mais diagnósticos nas avaliações subsequentes: em relação ao grupo 1, o risco de depressão persistente dos integrantes do grupo 2 foi 30% maior; o risco do grupo 3 foi 39% maior, e com relação ao grupo 4, o risco foi 58% maior.


Condição e estilo de vida
O estudo também levou em consideração variáveis associadas para o desenvolvimento da depressão, como aspectos sociodemográficos e dados clínicos. Portanto, a pesquisa também questionou os participantes sobre seus hábitos, como consumo excessivo de álcool, tabagismo e frequência de atividade física.


Os resultados revelaram associações a múltiplos fatores: jovens, mulheres, negros ou pardos, fumantes, pessoas de baixa renda, pessoas com maior ingestão total de energia diária e maior Índice de Massa Corporal (IMC) eram mais propensos a receber o diagnóstico na primeira avaliação. Por outro lado, participantes com um diploma universitário, casados e fisicamente ativos eram menos propensos a sofrer com a depressão.


A cientista também ressalta que o alto consumo de ultraprocessados leva ao sobrepeso e à obesidade, e essas condições aumentam o risco cognitivo em geral. Para ela, um grande desafio é conscientizar a população da importância de refletir sobre seus hábitos alimentares.


“Se só pensarmos na gratificação a curto prazo, podemos sacrificar o longo prazo com um transtorno mental e com diversas outras doenças a que os ultraprocessados estão associados.” 


Pelo lado positivo, a análise estatística da substituição de alimentos demonstra que uma pequena diferença já pode surtir efeitos relevantes: substituindo 5% do consumo de ultraprocessados pela mesma quantidade calórica em alimentos minimamente processados, o risco de um indivíduo desenvolver depressão ao longo dos anos diminui em 6%. Ao substituir 20% desses produtos, é possível reduzir a probabilidade em 22%.


Solucionar este problema em nível social, entretanto, é uma tarefa complexa, visto que a diversidade socioeconômica da população brasileira interfere diretamente no acesso à alimentação de qualidade. “Os ultraprocessados são produzidos de forma a aguentar por muito mais tempo na prateleira, então são financeiramente mais acessíveis do que o alimento in natura, e por isso pessoas de renda mais baixa tendem a consumi-los”, finaliza a pesquisadora.


Por Nairton Severiano 8 de julho de 2025
O Conselho Regional de Nutrição 6ª Região (CRN-6) encerrou o primeiro semestre de 2025 com um expressivo volume de ações fiscalizatórias em sua área de abrangência, que inclui os estados de Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte. Ao todo, foram mais de 1.460 fiscalizações realizadas entre janeiro e junho, reafirmando o compromisso da autarquia com a valorização da profissão e a proteção da sociedade. As visitas técnicas e diligências foram distribuídas entre grandes centros urbanos e municípios do interior, garantindo a presença ativa do Conselho em diferentes realidades e contextos regionais. A atuação firme e estratégica da equipe de Fiscalização busca assegurar que o exercício da Nutrição ocorra de forma ética, legal e qualificada, conforme estabelece a legislação vigente. A coordenadora da Fiscalização do CRN-6, Aline Freire, destaca que “essas ações são fundamentais para coibir o exercício ilegal da profissão, orientar os profissionais e instituições quanto às normativas do Sistema CFN/CRN e, acima de tudo, fortalecer a presença do nutricionista nos serviços de saúde, educação, assistência social e alimentação coletiva”. Além de combater irregularidades, as fiscalizações também têm caráter pedagógico e orientativo, promovendo o diálogo com os profissionais, empresas e gestores, e contribuindo para a melhoria das condições de trabalho e da qualidade dos serviços prestados à população. Com um olhar atento, presença constante e compromisso com a categoria, o CRN-6 segue atuando com responsabilidade e proximidade, garantindo que a Nutrição seja exercida com excelência em todos os territórios sob sua jurisdi ção.
Por Nairton Severiano 8 de julho de 2025
O Conselho Regional de Nutrição 6ª Região (CRN-6) e a Comissão Organizadora do Nutrição Experience 2025 publicaram edital de seleção para estudantes de Nutrição interessados em atuar como monitores nas edições do evento que ocorrerão nos estados de Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte. A monitoria é voltada a estudantes regularmente matriculados em cursos de graduação em Nutrição nos quatro estados da jurisdição do CRN-6, que tenham interesse em participar ativamente da organização de eventos acadêmicos e científicos. Trata-se de uma oportunidade única para fortalecer a formação profissional, ampliar a experiência em gestão de eventos e atuar em atividades práticas no campo da Nutrição. As inscrições estarão abertas entre os dias 08 e 15 de julho de 2025 e devem ser feitas exclusivamente pelo formulário disponível em: https://forms.gle/Bj1Cn1XWukFdz4E18 . O resultado será divulgado em 20 de julho . Cada estudante selecionado receberá certificado de participação e poderá contar com ajuda de custo para alimentação e transporte. As atividades terão início ainda em julho e seguirão até setembro, exigindo dedicação, responsabilidade e espírito de colaboração por parte dos monitores. As vagas estão distribuídas da seguinte forma: Natal/RN – 02 de agosto | 6 vagas Maceió/AL – 09 de agosto | 6 vagas João Pessoa/PB – 16 de agosto | 6 vagas Recife/PE – 30 de agosto | 10 vagas Os selecionados participarão de reuniões preparatórias, organização de materiais e suporte no dia do evento, contribuindo diretamente para o sucesso do Nutrição Experience 2025, que será realizado em alusão ao Dia do Nutricionista , comemorado em 31 de agosto. 📌 Fique atento aos prazos e participe! Essa é uma excelente oportunidade de formação para quem deseja ampliar sua atuação na área da Nutrição e integrar-se às atividades do Conselho. Texto: Rui Gonçalves
Por Nairton Severiano 24 de junho de 2025
O Conselho Regional de Nutrição da 6ª Região (CRN-6) marcou presença no Conasems 2025, considerado o maior evento de saúde pública do mundo, reunindo milhares de profissionais, gestores e representantes de entidades do Sistema Único de Saúde (SUS) em um espaço de construção coletiva e intercâmbio de experiências. Representando o Conselho, a diretora Fabíola Marinho, nutricionista com trajetória na Atenção Primária à Saúde, esteve em diálogo direto com gestores municipais de toda a região Nordeste, reforçando a importância da inserção qualificada, homogênea e estratégica do nutricionista no SUS. Durante o evento, Fabíola também participou como palestrante, conduzindo a apresentação “Nutricionista é saúde: a importância da atuação multiprofissional no SUS”, em que defendeu a valorização da Nutrição como eixo central das políticas públicas de saúde. Sua fala ressaltou que fortalecer a presença da Nutrição na rede pública é garantir saúde com equidade, prevenção com ciência e cuidado com dignidade. A participação no Conasems reforça o compromisso do CRN-6 com a ampliação dos espaços de atuação profissional e com o fortalecimento de uma Nutrição comprometida com o bem-estar coletivo. Mais do que marcar presença, o Conselho segue atuando de forma ativa na incidência política e técnica pela valorização da categoria nos territórios da sua jurisdição.
Por Nairton Severiano 18 de junho de 2025
No último dia 16 de junho , o Conselho Regional de Nutrição da 6ª Região (CRN-6) celebrou seus 45 anos de atuação com um evento institucional marcado por emoção, reconhecimento e reafirmação do compromisso com a valorização profissional. A comemoração do Jubileu de Safira reuniu gerações que fizeram e seguem fazendo história na Nutrição da região Nordeste. O presidente do CRN-6, Rafael Azeredo, foi o anfitrião da solenidade e destacou em sua fala a importância de manter vivas as conquistas do passado, sem perder de vista os desafios do presente e as possibilidades de um futuro mais digno para a categoria. “Celebrar 45 anos é honrar quem abriu os caminhos e reafirmar o nosso compromisso com cada nutricionista que atua na base, nos serviços públicos, na academia e em tantos espaços em que a Nutrição transforma vidas”, afirmou. A celebração contou com a presença ilustre de ex-presidentes do Conselho que marcaram época: Samuel Paulino, Adelaide Rêgo, Ana Maria Furtado, Ruth Lemos e Elenice Costa, em um momento de reencontro, troca de experiências e reconhecimento pelo legado construído. Um dos pontos mais comoventes da cerimônia foi a homenagem póstuma à ex-presidente Ida Cristina Veras, cuja lembrança foi celebrada com carinho por todos e recebida com emoção por seus familiares. Também estiveram presentes representantes das principais instituições que compõem o sistema e o campo da Nutrição no Brasil, como a Asbran (Associação Brasileira de Nutrição), a Federação Nacional dos Nutricionistas, os sindicatos dos quatro estados da jurisdição e a Executiva Nacional dos Estudantes de Nutrição, além dos conselheiros federais Riso Calazans, Caio Victor e Érika Carvalho, fortalecendo os laços entre as instâncias do Sistema CFN/CRN. O evento celebrou não apenas uma data, mas uma trajetória de lutas, conquistas e resistência. Ao longo de 45 anos, o CRN-6 tem atuado de forma firme em defesa da Nutrição como direito e da valorização profissional como eixo central da saúde pública. O momento foi também de projeção para o futuro: com diálogo, participação e compromisso, o Conselho segue construindo novas pontes para fortalecer a atuação dos nutricionistas nos diversos territórios da sua jurisdição. Texto: Rui Gonçalves
Por Nairton Severiano 14 de junho de 2025
Entre os dias 9 e 11 de junho, Recife (PE) tornou-se o centro das discussões sobre políticas públicas voltadas à segurança alimentar e nutricional com a realização do I Encontro Regional do SISAN Nordeste. O evento reuniu representantes de diversos estados da região, gestores públicos, conselhos, movimentos sociais e entidades de classe para debater e fortalecer a governança participativa e intersetorial do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN). E é claro que o Conselho Regional de Nutrição da 6ª Região (CRN-6) marcou presença de maneira ativa e forte na construção de diálogos e formação de profissionais da Nutrição. Com uma programação intensa ao longo de três dias, o Encontro foi marcado por momentos de escuta, troca de experiências e construção coletiva de estratégias voltadas à efetivação do Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA). A abertura oficial ocorreu na segunda-feira (9), com falas institucionais e painéis que abordaram o panorama do SISAN no Nordeste, além da apresentação de experiências exitosas nos âmbitos estadual e municipal. Na terça-feira (10), os participantes se dividiram em grupos de trabalho temáticos, com foco nos desafios da intersetorialidade e no aprimoramento dos mecanismos de monitoramento e avaliação das ações do SISAN. Um dos destaques do dia foi a transmissão ao vivo da assinatura do Acordo de Cooperação Técnica (ACT) do Consórcio Nordeste, reforçando o compromisso das gestões estaduais com uma agenda integrada para enfrentar a fome e promover a segurança alimentar no território nordestino. Encerrando a programação, a quarta-feira (11) foi dedicada a oficinas práticas sobre temas estratégicos como o Protocolo Brasil Sem Fome, compras públicas da agricultura familiar e gestão do SUAS, reforçando o papel central da articulação entre políticas públicas para garantir a alimentação como direito e não como privilégio. O CRN-6 marcou presença ativa no Encontro, reafirmando seu papel técnico e político na construção de uma alimentação digna para todos. A autarquia promoveu capacitações técnicas para os participantes, conduzidas pelos nutricionistas Isabel Gazzaneo, Felipe Soares, Daniela Araújo e Louriene Antunes , com foco no papel do nutricionista na efetivação da política de segurança alimentar e na atuação intersetorial nos territórios. A realização do evento foi fruto de uma parceria entre o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA), Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (CAISAN), Governo de Pernambuco e CRN-6. Texto: Rui Gonçalves
Por Nairton Severiano 10 de junho de 2025
O Conselho Regional de Nutrição - 6ª Região (CRN-6) realizou, no dia 3 de junho de 2025, uma grande ação presencial em Caruaru (PE) para marcar a reinauguração da Representação Regional no Agreste pernambucano. O evento foi sediado no Bora Coworking – Empresarial Difusora e reuniu nutricionistas, estudantes e representantes da diretoria do Conselho em uma programação extensa, voltada para a escuta qualificada, orientação técnica e valorização profissional. Ao longo da tarde e noite, os participantes puderam acompanhar uma série de atividades, como a realização do espaço “Fale com o Presidente”, conduzido por Rafael Azeredo, presidente do CRN-6, que promoveu um diálogo aberto sobre o tema “Piso Salarial do Nutricionista”, escutando atentamente as demandas dos profissionais da região. O evento também contou com uma palestra técnica da nutricionista Paula Brielle sobre marketing nas redes sociais com ética, apontando estratégias de visibilidade profissional alinhadas à responsabilidade ética da categoria. A programação envolveu ainda ações de fiscalização dirigida e orientativa, plantão de entrega de carteiras profissionais para novos registrados, apresentação dos serviços prestados pelo CRN-6 e emissão de certificados para todos os participantes. A iniciativa fez parte do calendário do CRN-6 Perto de Você , projeto que tem como objetivo aproximar o Conselho da categoria em diferentes territórios da sua jurisdição. Para o presidente Rafael Azeredo , a presença do CRN-6 em Caruaru representa o fortalecimento da atuação institucional no interior de Pernambuco. “Estar presente em cada território é reafirmar nosso compromisso com a Nutrição como prática ética, técnica e socialmente comprometida. Caruaru é um polo estratégico e merece atenção especial”, destacou. A ação reforça o compromisso do Conselho com o diálogo, a escuta ativa e o fortalecimento da atuação profissional nas diversas realidades que compõem a 6ª Região. Texto: Rui Gonçalves
Por Rui Gonçalves 29 de maio de 2025
Nos últimos meses, o Conselho Regional de Nutrição 6ª Região (CRN-6) promoveu uma série de visitas técnicas e atividades formativas em instituições de ensino superior, impactando diretamente mais de 100 estudantes de Nutrição. Universidades como Estácio, Fafire, Unibra e Unifacol receberam representantes do Conselho para palestras sobre ética, funcionamento do sistema CFN/CRN, fiscalização e valorização da profissão. Essas ações fazem parte da estratégia do CRN-6 de aproximar o Conselho dos futuros profissionais, contribuindo para sua formação cidadã e comprometida com os princípios éticos da Nutrição. O acolhimento e a escuta ativa dos estudantes também têm sido pontos centrais dessas visitas, fortalecendo o vínculo institucional com a comunidade acadêmica. Durante os encontros, os alunos puderam esclarecer dúvidas, conhecer mais sobre os direitos e deveres profissionais e entender como podem se envolver desde cedo com os debates da categoria. O CRN-6 acredita que a formação crítica começa na graduação e deve ser continuamente incentivada.
Por Rui Gonçalves 27 de maio de 2025
Foi publicado na última edição da Revista DEMETRA: Alimentação, Nutrição & Saúde — periódico científico interdisciplinar editado pelo Instituto de Nutrição da Universidade do Estado do Rio de Janeiro — artigo sobre " Fatores associados à realização de consultas on-line por nutricionistas brasileiros durante a pandemia da Covid-19 ".  O estudo demonstrou, a partir de uma amostra representativa dos nutricionistas brasileiros, "que a preferência pela realização de consultas on-line durante a pandemia de Covid-19 estava significativamente associada a possuir cadastro na plataforma e-Nutricionista, à percepção desses nutricionistas quanto à aceitação dos seus pacientes em relação à Telenutrição, e à disposição desses profissionais em reduzir o valor das consultas para manter a modalidade on-line. Esses achados fornecem informações importantes sobre a adaptação e aceitação da Telenutrição no contexto brasileiro, e apresenta implicações relevantes para a prática clínica e a formulação de novas políticas". Para os autores do trabalho, os achados do estudo são relevantes "para direcionar as entidades ligadas à Nutrição, na perspectiva de serem tomados direcionamentos como ampla divulgação da plataforma e-Nutricionista, das diretrizes associadas à prática de Telenutrição e a capacitação sobre os documentos orientativos, éticos e de gestão da atuação do nutricionista, objetivando o crescimento e a usabilidade da Telenutrição como ferramenta para prestação de serviços de saúde.
Por Rui Gonçalves 27 de maio de 2025
A Agência de Nacional de Vigilância Sanitária Anvisa (Anvisa) iniciou este mês um novo ciclo de coleta de amostras do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos. A ação é uma parceria com estados e municípios e com o Laboratório Central de Saúde Pública de Minas Gerais. Em nota, a agência reguladora informou que o ciclo 2025 prevê a coleta de 3.505 amostras de um total de 13 alimentos, incluindo abacaxi, amendoim, batata, brócolis, café (em pó), feijão, laranja, mandioca (farinha), maracujá, morango, quiabo, repolho, trigo (farinha). As coletas, segundo a Anvisa, estão previstas para ocorrer entre maio e dezembro no Distrito Federal e nos seguintes estados: Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins.  “Este é o terceiro ciclo do Plano Plurianual 2023–2025, que prevê o monitoramento de 36 alimentos que representam cerca de 80% do consumo nacional de alimentos de origem vegetal”, destacou a agência. Entenda Criado em 2001, o Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos é o resultado de uma ação conjunta da Anvisa, de vigilâncias sanitárias locais e de laboratórios centrais de saúde pública. A proposta é monitorar resíduos de agrotóxicos em alimentos que chegam à mesa do consumidor, visando reduzir eventuais riscos à saúde. De acordo com a Anvisa, as coletas dos alimentos são realizadas pelas vigilâncias sanitárias estaduais e municipais, em locais onde a população adquire os alimentos, de forma que se obtenha amostras com características semelhantes ao que será consumido. “Assim, as coletas são realizadas semanalmente no mercado varejista, tais como supermercados e sacolões, seguindo uma programação que envolve a seleção prévia dos pontos de coleta e das amostras a serem coletadas”, informou a agência. Atualmente, o programa analisa mais de 300 agrotóxicos em 36 alimentos, totalizando mais de 45 mil amostras analisadas desde 2001. A escolha dos alimentos leva em conta a dieta básica da população brasileira, conforme dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A Anvisa explica que os resultados subsidiam medidas quanto às irregularidades e riscos identificados, além de possibilitar a avaliação e o mapeamento das situações em que os resíduos de agrotóxicos nos alimentos possam representar risco à saúde da população.
Por Rui Gonçalves 27 de maio de 2025
Depois da proibição da comercialização das marcas de azeite de oliva Alonso e Quintas D´Oliveira na terça-feira (20), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nova resolução nesta quinta-feira (22) proibindo a comercialização de outras duas marcas do produto: Escarpas das Oliveiras e Almazara. A medida é resultado de investigações da Anvisa, após denúncia feita pelo Ministério da Agricultura e Pecuária. Conforme a resolução publicada no Diário Oficial da União, o impedimento da comercialização deve-se à origem desconhecida das duas marcas de azeite. A decisão também traz que a embaladora dos produtos, a empresa Oriente Mercantil Importação e Exportação Ltda, consta como tendo o CNPJ encerrado junto à Receita Federal desde 8 de novembro de 2023 . Em caso de descumprimento da decisão, a venda dos produtos pode representar infração grave, inclusive com a responsabilização dos estabelecimentos que seguirem vendendo essas marcas de azeite. Além de irregularidades nos padrões de rotulagem, as marcas não tinham licenças na Anvisa ou no Ministério da Saúde. Nos rótulos dos produtos consta apenas o nome da embaladora Oriente Mercantil Importação e Exportação. Fonte: Agência Brasil