Brasileiros criam bioplástico feito de alimentos

Rui Gonçalves • 21 de janeiro de 2025

Usando matérias-primas como alho, linhaça e chia, projeto da UFRJ inventa embalagens que podem se decompor em até seis meses. Além de mais ecológico, produto promete também prolongar a vida útil de alimentos.


A preocupação com o impacto ecológico do descarte de plásticos tem impulsionado pesquisas que aliam sustentabilidade à inovação. Uma delas é conduzida por pesquisadores do Instituto de Macromoléculas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IMA-UFRJ), que querem transformar o mercado de embalagens a partir de alimentos como linhaça, alho, pimenta e chia.

A promessa são bioplásticos produzidos com compostos bioativos extraídos de alimentos funcionais e que se degradam em questão de meses.


Compostos bioativos são moléculas de origem natural que desempenham diferentes papéis, como atividade antioxidante, estimulação do sistema imunológico, equilíbrio do nível hormonal e atividade antibacteriana e antiviral.


“Essa ideia surgiu por causa dos benefícios que os bioativos têm para a nossa saúde”, explica a professora Maria Inês Tavares, coordenadora do projeto. “Por que não utilizá-los para embalagens alimentícias, mantendo sua biodegradabilidade?”

A invenção já está em processo de patenteamento e, além de mais sustentável – segundo os pesquisadores, a extração não envolve o uso de solventes prejudiciais ao meio ambiente –, promete ainda prolongar a vida útil de alimentos.


O grupo aposta que a descoberta possa ser uma alternativa importante para a substituição de embalagens comuns. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), esse setor é o principal responsável pela geração de resíduos plásticos descartáveis globalmente.


Cerca de 36% de todo o plástico produzido destina-se a embalagens, incluindo recipientes descartáveis para alimentos e bebidas. Destes, 85% acabam em aterros sanitários ou como lixo mal gerenciado.


Menos desperdício e decomposição em 180 dias

Os pesquisadores da UFRJ afirmam que suas embalagens têm propriedades antioxidantes e protetoras que prolongam o tempo de prateleira dos alimentos e reduzem o desperdício.


Mariana Alves, pesquisadora e integrante da equipe, destaca os resultados do trabalho: “A embalagem aumentou o tempo de prateleira dos alimentos testes em torno de 16 dias fora da refrigeração e 14 dias na geladeira. Ela oferece resistência de barreira semelhante aos plásticos tradicionais, mas se decompõe em aproximadamente 180 dias em condições ambientais favoráveis, preferencialmente em sistema de compostagem.”


Durante o processo de decomposição do bioplástico, os cientistas monitoraram a segurança ambiental e as mudanças nos materiais, e concluíram que os bionanocompósitos – materiais criados a partir da combinação de elementos em escala nanométrica – não liberam substâncias tóxicas.


“Os polímeros biodegradáveis são transformados em CO2 e água na natureza por micro-organismos, ao contrário dos plásticos comuns, que apenas diminuem de tamanho, formando microplásticos que continuam poluindo o ambiente”, explica Alves.

A escolha da matéria-prima para a confecção do bioplástico também foi estratégica, evitando a demanda por alimentos básicos da dieta humana e explorando materiais como folhas e frutos que crescem rapidamente.


“No caso da chia, ela tem um potencial antioxidante muito grande, principalmente nos extratos da semente”, afirma Alves.

“Vale ressaltar que os bioplásticos têm diferentes materiais que podem fazer parte da composição, mas a degradabilidade dele no meio ambiente não produz nenhum malefício no meio físico, nem na atmosfera, nem no solo, nem na água e não contamina os recursos hídricos”, diz Leonardo Duarte, especialista em bioplásticos e professor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), que não participou da pesquisa.


Outras aplicações 

Além do setor alimentício, a pesquisa abre portas para aplicações em áreas como saúde, tecnologia e moda. Nesta última, ainda segundo a ONU, cerca de 60% das roupas são confeccionadas com materiais plásticos, incluindo poliéster, acrílico e nylon.

“Estamos animados com a versatilidade dos nanocompósitos e suas múltiplas aplicações. Isso reforça o potencial transformador dessa tecnologia para substituir materiais não renováveis em larga escala”, afirma Tavares, chefe do projeto.

Ela lista, entre possíveis usos futuros, próteses, filtros e acessórios biodegradáveis.


Um estudo recente do Laboratório Nacional de Biorrenováveis (LNBR) da Unicamp publicado na revista Nature mostra que o Brasil pode substituir plásticos derivados do petróleo por bioplásticos até 2050, sem aumentar o desmatamento ou degradar o meio ambiente.


Potencial de crescimento

Atualmente, os bioplásticos representam cerca de 0,5% das mais de 400 milhões de toneladas de plástico produzidas anualmente, segundo a associação European Bioplastics, que representa a indústria do setor.


No Brasil, onde os resíduos plásticos urbanos somaram 13,7 milhões de toneladas em 2022 — o equivalente a 64 quilos por habitante, segundo a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) —, ainda faltam dados oficiais sobre a produção ou comercialização de bioplásticos.


Apesar disso, especialistas ouvidos pela reportagem apontam um aumento expressivo na demanda pelo material, impulsionado pela pressão de consumidores e mercados globais por alternativas sustentáveis.


Um deles é o professor Duarte, líder do grupo de engenharia e monitoramento de biossistemas da UFRRJ. Ele estuda o segmento há mais de 20 anos e desenvolveu um bioplástico feito a partir de resina de babosa (aloe vera) combinada com amido de batata-doce, ambos cultivados de forma orgânica.


Segundo ele, a biodiversidade brasileira é um diferencial significativo para o desenvolvimento de bioplásticos. “Essa riqueza aumenta nossa chance de obter resultados variados e materiais inovadores. Cada região do Brasil pode desenvolver soluções específicas, explorando sua matéria-prima local. Isso enriquece a pesquisa e reforça nosso papel no cenário internacional.”


Por outro lado, Cristiane Siqueira, doutora em engenharia de processos químicos e bioquímicos e coordenadora do mestrado em Ciências Ambientais da Univassouras, no Rio de Janeiro, pondera que desafios estruturais limitam a cadeia produtiva de bioplásticos no país.


“Temos grande potencial graças à disponibilidade de matérias-primas, como resíduos agroindustriais. Contudo, os principais gargalos incluem o custo elevado, a infraestrutura insuficiente para descarte adequado e a falta de conscientização do consumidor e da indústria”, avalia.


Embora o Brasil já tenha iniciativas de uso de bioplásticos, como em embalagens de cosméticos, escovas de dente e cápsulas de café, Siqueira enfatiza que muitos projetos permanecem no universo acadêmico ou no estágio experimental de empresas.


“Uma parcela reduzida alcança o consumidor final. É necessário investir em políticas públicas e incentivos para viabilizar a aplicação em larga escala, especialmente em áreas como a médica, onde o impacto pode ser ainda maior”, diz.


Fonte: CFN


Por Nairton Severiano 8 de julho de 2025
O Conselho Regional de Nutrição 6ª Região (CRN-6) encerrou o primeiro semestre de 2025 com um expressivo volume de ações fiscalizatórias em sua área de abrangência, que inclui os estados de Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte. Ao todo, foram mais de 1.460 fiscalizações realizadas entre janeiro e junho, reafirmando o compromisso da autarquia com a valorização da profissão e a proteção da sociedade. As visitas técnicas e diligências foram distribuídas entre grandes centros urbanos e municípios do interior, garantindo a presença ativa do Conselho em diferentes realidades e contextos regionais. A atuação firme e estratégica da equipe de Fiscalização busca assegurar que o exercício da Nutrição ocorra de forma ética, legal e qualificada, conforme estabelece a legislação vigente. A coordenadora da Fiscalização do CRN-6, Aline Freire, destaca que “essas ações são fundamentais para coibir o exercício ilegal da profissão, orientar os profissionais e instituições quanto às normativas do Sistema CFN/CRN e, acima de tudo, fortalecer a presença do nutricionista nos serviços de saúde, educação, assistência social e alimentação coletiva”. Além de combater irregularidades, as fiscalizações também têm caráter pedagógico e orientativo, promovendo o diálogo com os profissionais, empresas e gestores, e contribuindo para a melhoria das condições de trabalho e da qualidade dos serviços prestados à população. Com um olhar atento, presença constante e compromisso com a categoria, o CRN-6 segue atuando com responsabilidade e proximidade, garantindo que a Nutrição seja exercida com excelência em todos os territórios sob sua jurisdi ção.
Por Nairton Severiano 8 de julho de 2025
O Conselho Regional de Nutrição 6ª Região (CRN-6) e a Comissão Organizadora do Nutrição Experience 2025 publicaram edital de seleção para estudantes de Nutrição interessados em atuar como monitores nas edições do evento que ocorrerão nos estados de Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte. A monitoria é voltada a estudantes regularmente matriculados em cursos de graduação em Nutrição nos quatro estados da jurisdição do CRN-6, que tenham interesse em participar ativamente da organização de eventos acadêmicos e científicos. Trata-se de uma oportunidade única para fortalecer a formação profissional, ampliar a experiência em gestão de eventos e atuar em atividades práticas no campo da Nutrição. As inscrições estarão abertas entre os dias 08 e 15 de julho de 2025 e devem ser feitas exclusivamente pelo formulário disponível em: https://forms.gle/Bj1Cn1XWukFdz4E18 . O resultado será divulgado em 20 de julho . Cada estudante selecionado receberá certificado de participação e poderá contar com ajuda de custo para alimentação e transporte. As atividades terão início ainda em julho e seguirão até setembro, exigindo dedicação, responsabilidade e espírito de colaboração por parte dos monitores. As vagas estão distribuídas da seguinte forma: Natal/RN – 02 de agosto | 6 vagas Maceió/AL – 09 de agosto | 6 vagas João Pessoa/PB – 16 de agosto | 6 vagas Recife/PE – 30 de agosto | 10 vagas Os selecionados participarão de reuniões preparatórias, organização de materiais e suporte no dia do evento, contribuindo diretamente para o sucesso do Nutrição Experience 2025, que será realizado em alusão ao Dia do Nutricionista , comemorado em 31 de agosto. 📌 Fique atento aos prazos e participe! Essa é uma excelente oportunidade de formação para quem deseja ampliar sua atuação na área da Nutrição e integrar-se às atividades do Conselho. Texto: Rui Gonçalves
Por Nairton Severiano 24 de junho de 2025
O Conselho Regional de Nutrição da 6ª Região (CRN-6) marcou presença no Conasems 2025, considerado o maior evento de saúde pública do mundo, reunindo milhares de profissionais, gestores e representantes de entidades do Sistema Único de Saúde (SUS) em um espaço de construção coletiva e intercâmbio de experiências. Representando o Conselho, a diretora Fabíola Marinho, nutricionista com trajetória na Atenção Primária à Saúde, esteve em diálogo direto com gestores municipais de toda a região Nordeste, reforçando a importância da inserção qualificada, homogênea e estratégica do nutricionista no SUS. Durante o evento, Fabíola também participou como palestrante, conduzindo a apresentação “Nutricionista é saúde: a importância da atuação multiprofissional no SUS”, em que defendeu a valorização da Nutrição como eixo central das políticas públicas de saúde. Sua fala ressaltou que fortalecer a presença da Nutrição na rede pública é garantir saúde com equidade, prevenção com ciência e cuidado com dignidade. A participação no Conasems reforça o compromisso do CRN-6 com a ampliação dos espaços de atuação profissional e com o fortalecimento de uma Nutrição comprometida com o bem-estar coletivo. Mais do que marcar presença, o Conselho segue atuando de forma ativa na incidência política e técnica pela valorização da categoria nos territórios da sua jurisdição.
Por Nairton Severiano 18 de junho de 2025
No último dia 16 de junho , o Conselho Regional de Nutrição da 6ª Região (CRN-6) celebrou seus 45 anos de atuação com um evento institucional marcado por emoção, reconhecimento e reafirmação do compromisso com a valorização profissional. A comemoração do Jubileu de Safira reuniu gerações que fizeram e seguem fazendo história na Nutrição da região Nordeste. O presidente do CRN-6, Rafael Azeredo, foi o anfitrião da solenidade e destacou em sua fala a importância de manter vivas as conquistas do passado, sem perder de vista os desafios do presente e as possibilidades de um futuro mais digno para a categoria. “Celebrar 45 anos é honrar quem abriu os caminhos e reafirmar o nosso compromisso com cada nutricionista que atua na base, nos serviços públicos, na academia e em tantos espaços em que a Nutrição transforma vidas”, afirmou. A celebração contou com a presença ilustre de ex-presidentes do Conselho que marcaram época: Samuel Paulino, Adelaide Rêgo, Ana Maria Furtado, Ruth Lemos e Elenice Costa, em um momento de reencontro, troca de experiências e reconhecimento pelo legado construído. Um dos pontos mais comoventes da cerimônia foi a homenagem póstuma à ex-presidente Ida Cristina Veras, cuja lembrança foi celebrada com carinho por todos e recebida com emoção por seus familiares. Também estiveram presentes representantes das principais instituições que compõem o sistema e o campo da Nutrição no Brasil, como a Asbran (Associação Brasileira de Nutrição), a Federação Nacional dos Nutricionistas, os sindicatos dos quatro estados da jurisdição e a Executiva Nacional dos Estudantes de Nutrição, além dos conselheiros federais Riso Calazans, Caio Victor e Érika Carvalho, fortalecendo os laços entre as instâncias do Sistema CFN/CRN. O evento celebrou não apenas uma data, mas uma trajetória de lutas, conquistas e resistência. Ao longo de 45 anos, o CRN-6 tem atuado de forma firme em defesa da Nutrição como direito e da valorização profissional como eixo central da saúde pública. O momento foi também de projeção para o futuro: com diálogo, participação e compromisso, o Conselho segue construindo novas pontes para fortalecer a atuação dos nutricionistas nos diversos territórios da sua jurisdição. Texto: Rui Gonçalves
Por Nairton Severiano 14 de junho de 2025
Entre os dias 9 e 11 de junho, Recife (PE) tornou-se o centro das discussões sobre políticas públicas voltadas à segurança alimentar e nutricional com a realização do I Encontro Regional do SISAN Nordeste. O evento reuniu representantes de diversos estados da região, gestores públicos, conselhos, movimentos sociais e entidades de classe para debater e fortalecer a governança participativa e intersetorial do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN). E é claro que o Conselho Regional de Nutrição da 6ª Região (CRN-6) marcou presença de maneira ativa e forte na construção de diálogos e formação de profissionais da Nutrição. Com uma programação intensa ao longo de três dias, o Encontro foi marcado por momentos de escuta, troca de experiências e construção coletiva de estratégias voltadas à efetivação do Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA). A abertura oficial ocorreu na segunda-feira (9), com falas institucionais e painéis que abordaram o panorama do SISAN no Nordeste, além da apresentação de experiências exitosas nos âmbitos estadual e municipal. Na terça-feira (10), os participantes se dividiram em grupos de trabalho temáticos, com foco nos desafios da intersetorialidade e no aprimoramento dos mecanismos de monitoramento e avaliação das ações do SISAN. Um dos destaques do dia foi a transmissão ao vivo da assinatura do Acordo de Cooperação Técnica (ACT) do Consórcio Nordeste, reforçando o compromisso das gestões estaduais com uma agenda integrada para enfrentar a fome e promover a segurança alimentar no território nordestino. Encerrando a programação, a quarta-feira (11) foi dedicada a oficinas práticas sobre temas estratégicos como o Protocolo Brasil Sem Fome, compras públicas da agricultura familiar e gestão do SUAS, reforçando o papel central da articulação entre políticas públicas para garantir a alimentação como direito e não como privilégio. O CRN-6 marcou presença ativa no Encontro, reafirmando seu papel técnico e político na construção de uma alimentação digna para todos. A autarquia promoveu capacitações técnicas para os participantes, conduzidas pelos nutricionistas Isabel Gazzaneo, Felipe Soares, Daniela Araújo e Louriene Antunes , com foco no papel do nutricionista na efetivação da política de segurança alimentar e na atuação intersetorial nos territórios. A realização do evento foi fruto de uma parceria entre o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA), Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (CAISAN), Governo de Pernambuco e CRN-6. Texto: Rui Gonçalves
Por Nairton Severiano 10 de junho de 2025
O Conselho Regional de Nutrição - 6ª Região (CRN-6) realizou, no dia 3 de junho de 2025, uma grande ação presencial em Caruaru (PE) para marcar a reinauguração da Representação Regional no Agreste pernambucano. O evento foi sediado no Bora Coworking – Empresarial Difusora e reuniu nutricionistas, estudantes e representantes da diretoria do Conselho em uma programação extensa, voltada para a escuta qualificada, orientação técnica e valorização profissional. Ao longo da tarde e noite, os participantes puderam acompanhar uma série de atividades, como a realização do espaço “Fale com o Presidente”, conduzido por Rafael Azeredo, presidente do CRN-6, que promoveu um diálogo aberto sobre o tema “Piso Salarial do Nutricionista”, escutando atentamente as demandas dos profissionais da região. O evento também contou com uma palestra técnica da nutricionista Paula Brielle sobre marketing nas redes sociais com ética, apontando estratégias de visibilidade profissional alinhadas à responsabilidade ética da categoria. A programação envolveu ainda ações de fiscalização dirigida e orientativa, plantão de entrega de carteiras profissionais para novos registrados, apresentação dos serviços prestados pelo CRN-6 e emissão de certificados para todos os participantes. A iniciativa fez parte do calendário do CRN-6 Perto de Você , projeto que tem como objetivo aproximar o Conselho da categoria em diferentes territórios da sua jurisdição. Para o presidente Rafael Azeredo , a presença do CRN-6 em Caruaru representa o fortalecimento da atuação institucional no interior de Pernambuco. “Estar presente em cada território é reafirmar nosso compromisso com a Nutrição como prática ética, técnica e socialmente comprometida. Caruaru é um polo estratégico e merece atenção especial”, destacou. A ação reforça o compromisso do Conselho com o diálogo, a escuta ativa e o fortalecimento da atuação profissional nas diversas realidades que compõem a 6ª Região. Texto: Rui Gonçalves
Por Rui Gonçalves 29 de maio de 2025
Nos últimos meses, o Conselho Regional de Nutrição 6ª Região (CRN-6) promoveu uma série de visitas técnicas e atividades formativas em instituições de ensino superior, impactando diretamente mais de 100 estudantes de Nutrição. Universidades como Estácio, Fafire, Unibra e Unifacol receberam representantes do Conselho para palestras sobre ética, funcionamento do sistema CFN/CRN, fiscalização e valorização da profissão. Essas ações fazem parte da estratégia do CRN-6 de aproximar o Conselho dos futuros profissionais, contribuindo para sua formação cidadã e comprometida com os princípios éticos da Nutrição. O acolhimento e a escuta ativa dos estudantes também têm sido pontos centrais dessas visitas, fortalecendo o vínculo institucional com a comunidade acadêmica. Durante os encontros, os alunos puderam esclarecer dúvidas, conhecer mais sobre os direitos e deveres profissionais e entender como podem se envolver desde cedo com os debates da categoria. O CRN-6 acredita que a formação crítica começa na graduação e deve ser continuamente incentivada.
Por Rui Gonçalves 27 de maio de 2025
Foi publicado na última edição da Revista DEMETRA: Alimentação, Nutrição & Saúde — periódico científico interdisciplinar editado pelo Instituto de Nutrição da Universidade do Estado do Rio de Janeiro — artigo sobre " Fatores associados à realização de consultas on-line por nutricionistas brasileiros durante a pandemia da Covid-19 ".  O estudo demonstrou, a partir de uma amostra representativa dos nutricionistas brasileiros, "que a preferência pela realização de consultas on-line durante a pandemia de Covid-19 estava significativamente associada a possuir cadastro na plataforma e-Nutricionista, à percepção desses nutricionistas quanto à aceitação dos seus pacientes em relação à Telenutrição, e à disposição desses profissionais em reduzir o valor das consultas para manter a modalidade on-line. Esses achados fornecem informações importantes sobre a adaptação e aceitação da Telenutrição no contexto brasileiro, e apresenta implicações relevantes para a prática clínica e a formulação de novas políticas". Para os autores do trabalho, os achados do estudo são relevantes "para direcionar as entidades ligadas à Nutrição, na perspectiva de serem tomados direcionamentos como ampla divulgação da plataforma e-Nutricionista, das diretrizes associadas à prática de Telenutrição e a capacitação sobre os documentos orientativos, éticos e de gestão da atuação do nutricionista, objetivando o crescimento e a usabilidade da Telenutrição como ferramenta para prestação de serviços de saúde.
Por Rui Gonçalves 27 de maio de 2025
A Agência de Nacional de Vigilância Sanitária Anvisa (Anvisa) iniciou este mês um novo ciclo de coleta de amostras do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos. A ação é uma parceria com estados e municípios e com o Laboratório Central de Saúde Pública de Minas Gerais. Em nota, a agência reguladora informou que o ciclo 2025 prevê a coleta de 3.505 amostras de um total de 13 alimentos, incluindo abacaxi, amendoim, batata, brócolis, café (em pó), feijão, laranja, mandioca (farinha), maracujá, morango, quiabo, repolho, trigo (farinha). As coletas, segundo a Anvisa, estão previstas para ocorrer entre maio e dezembro no Distrito Federal e nos seguintes estados: Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins.  “Este é o terceiro ciclo do Plano Plurianual 2023–2025, que prevê o monitoramento de 36 alimentos que representam cerca de 80% do consumo nacional de alimentos de origem vegetal”, destacou a agência. Entenda Criado em 2001, o Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos é o resultado de uma ação conjunta da Anvisa, de vigilâncias sanitárias locais e de laboratórios centrais de saúde pública. A proposta é monitorar resíduos de agrotóxicos em alimentos que chegam à mesa do consumidor, visando reduzir eventuais riscos à saúde. De acordo com a Anvisa, as coletas dos alimentos são realizadas pelas vigilâncias sanitárias estaduais e municipais, em locais onde a população adquire os alimentos, de forma que se obtenha amostras com características semelhantes ao que será consumido. “Assim, as coletas são realizadas semanalmente no mercado varejista, tais como supermercados e sacolões, seguindo uma programação que envolve a seleção prévia dos pontos de coleta e das amostras a serem coletadas”, informou a agência. Atualmente, o programa analisa mais de 300 agrotóxicos em 36 alimentos, totalizando mais de 45 mil amostras analisadas desde 2001. A escolha dos alimentos leva em conta a dieta básica da população brasileira, conforme dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A Anvisa explica que os resultados subsidiam medidas quanto às irregularidades e riscos identificados, além de possibilitar a avaliação e o mapeamento das situações em que os resíduos de agrotóxicos nos alimentos possam representar risco à saúde da população.
Por Rui Gonçalves 27 de maio de 2025
Depois da proibição da comercialização das marcas de azeite de oliva Alonso e Quintas D´Oliveira na terça-feira (20), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nova resolução nesta quinta-feira (22) proibindo a comercialização de outras duas marcas do produto: Escarpas das Oliveiras e Almazara. A medida é resultado de investigações da Anvisa, após denúncia feita pelo Ministério da Agricultura e Pecuária. Conforme a resolução publicada no Diário Oficial da União, o impedimento da comercialização deve-se à origem desconhecida das duas marcas de azeite. A decisão também traz que a embaladora dos produtos, a empresa Oriente Mercantil Importação e Exportação Ltda, consta como tendo o CNPJ encerrado junto à Receita Federal desde 8 de novembro de 2023 . Em caso de descumprimento da decisão, a venda dos produtos pode representar infração grave, inclusive com a responsabilização dos estabelecimentos que seguirem vendendo essas marcas de azeite. Além de irregularidades nos padrões de rotulagem, as marcas não tinham licenças na Anvisa ou no Ministério da Saúde. Nos rótulos dos produtos consta apenas o nome da embaladora Oriente Mercantil Importação e Exportação. Fonte: Agência Brasil