CRN-6 formaliza notícias-crime contra leigos que exercem ilegalmente a profissão de nutricionista em PE
O Conselho Regional de Nutrição - 6ª Região (CRN-6) protocolou, junto à Polícia Civil de Pernambuco, na última semana, notícias-crime contra indivíduos sem formação ou habilitação legal que vêm atuando indevidamente como nutricionistas. A medida tem como objetivo coibir o exercício ilegal da profissão, especialmente por digitais influencers que publicam prescrição de dietas, recomendações alimentares e orientações nutricionais sem qualquer respaldo técnico ou legal.
Após o recebimento dos documentos, a Polícia Civil confirmou que irá iniciar o processo investigativo, com a intimação dos denunciados para prestarem depoimento na delegacia. As ações foram acompanhadas pela Assessoria Jurídica do CRN-6 e são parte de um esforço institucional para proteger a sociedade de práticas que comprometem a saúde pública.
O presidente do CRN-6, Rafael Azeredo, destacou a gravidade da situação e reforçou o papel do Conselho na defesa do exercício profissional legal e ético: “Quando pessoas não habilitadas invadem a área da Nutrição, colocam em risco direto a saúde da população. A disseminação de informações sem base científica por influencers digitais tem gerado práticas alimentares perigosas, transtornos nutricionais e agravamentos de doenças. Essa ação junto à Polícia Civil é uma medida firme e necessária para garantir a segurança alimentar e o direito da população a uma orientação profissional qualificada.”
A iniciativa do CRN-6 não se limitará a Pernambuco: o Conselho já está organizando a formalização de ações semelhantes nos demais estados sob sua jurisdição — Rio Grande do Norte, Alagoas e Paraíba — reforçando o combate ao exercício ilegal da profissão em todo o território regional.
A atuação do CRN-6 se apoia na legislação vigente, incluindo a Lei nº 8.234/1991, que regulamenta a profissão de nutricionista, e o Código Penal Brasileiro, que em seu artigo 282 prevê penalidades para quem exerce ilegalmente profissão regulamentada por lei.
O Conselho também orienta a população a denunciar práticas irregulares por meio dos canais oficiais e alerta para os riscos de seguir orientações nutricionais vindas de perfis não profissionais, sem registro no Conselho e sem formação em Nutrição.






